A mamoplastia significa plástica das mamas, seja com a finalidade de reduzir, aumentar ou tratar a flacidez. A mamoplastia redutora, especificamente, visa remover o excesso de tecido mamário, sobretudo, glandular e proporcionar melhor equilíbrio estético entre as dimensões do tronco e as mamas.
As principais queixam quando as mamas encontram-se hipertróficas, com excesso de volume, são dores nas costas, desconforto nas áreas de dobras e sulcos, dores de cabeça e principalmente o efeito psico-social pelo grande volume das mamas. As causas são oriundas do desenvolvimento mamário durante a puberdade, que lava a um aumento glandular nesse período comum a cada individuo contendo a programação genética e familiar.
Após a correta avaliação e após completo o desenvolvimento mamário é realizada a indicação pela cirurgia.
Anestesia: geral
Duração: 2h – 4h
Internação: 24h
Cirurgia
Após a correta avaliação e após completo o desenvolvimento mamário é realizada a indicação pela cirurgia.
As cicatrizes devem ser consideradas, já que localizam-se ao redor da aréola, na região inferior em formato vertical e outra no sulco mamário. Excesso de peso e grande volume mamário costumam cursar com cicatrizes mais extensas.
Realizada ressecção do tecido glandular e mamário em excesso, montagem da mama com melhora do formato e posição assim como correção de alargamentos da aréola.
No pós-operatório, é recomendando manter repouso por cerca de 15 dias, com controle de movimentos dos membros superiores, uso de sutien por aproximadamente 30 dias. Exercícios mais leves podem ser realizados por volta do 30 dia na maioria dos casos.
Complicações
Apesar de raras, podem ocorrer: alterações sensibilidade do mamilo, assimetrias, hematoma, infecção, deiscência (abertura de pontos), quelóides (conforme predisposição individual do paciente) e sofrimento de pele. Uma intercorrência frequente é a demora na cicatrização na junção dos "T".
PERGUNTAS E RESPOSTAS
01. A cirurgia estética mamas deixa ciccatrizes?
Toda cirurgia plástica deixa cicatrizes, porém as cicatrizes ficam situadas em áreas não expostas. No caso da mamoplastia, a cicatriz dependerá do tipo de mama e quantidade de tecido a ser retirado. Desta forma, a cicatriz pode ser em "T". "L", "I" ou periareolar. Para melhor esclarecê-la sobre a evolução cicatricial, vamos relatar os diversos períodos pelos quais as cicatrizes passarão:
A- PERÍODO IMEDIATO: Vai até o 30º dia e apresenta-se com aspecto excelente e pouco visível Alguns casos apresentam uma discreta reação aos pontos ou ao curativo.
B- PERÍODO MEDIATO: Vai do 30º dia até o l2º mês. Neste período haverá um espessamento natural da cicatriz, bem como uma mudança na tonalidade de sua cor, passando do "vermelho para o "marrom" que vai, aos poucos, clareando. Este período, o menos favorável da evolução cicatricial, é o que mais preocupa as pacientes. Como não podemos apressar o processo natural de cicatrização, recomendamos às pacientes que não se preocupem, pois, o período tardio se encarregará de diminuir os vestígios cicatriciais.
C- PERÍODO TARDIO: Vai do 12º ao l8º mês. Neste período a cicatriz começa a tornar-se mais clara e menos consistente atingindo, assim, o seu aspecto definitivo. Qualquer avaliação do resultado definitivo da cirurgia das mamas deverá ser feita após este período.
02. Onde se localizam as cicatrizes?
Dependendo da técnica empregada, poderemos ter variações quanto às cicatrizes. Normalmente existem vários tipos de cicatrizes, dependendo do tipo da mama a ser operada. Assim é que o cirurgião poderá lhe propor cicatriz em "L", em "I", "periareolar" ou cicatrizes situadas em forma de "T" invertido, na parte inferior da mama. Aquela situada em torno da aréola fica bastante disfarçada pela própria condição de transição de cor entre a aréola e a pele normal. Desde os primeiros dias de pós-operatório poderá ser usado um "decote" bastante "generoso", pois as cicatrizes ficam escondidas. Com o decorrer do tempo (vide item anterior), as cicatrizes vão ficando bastante disfarçadas, chegando mesmo à quase invisibilidade em certos casos.
03. Ouvi dizer que algumas pacientes ficam com cicatrizes muito visíveis. Por que isso acontece?
Certas pacientes apresentam tendência à cicatrização hipertrófica ou ao quelóide. Esta tendência, entretanto, poderá ser prevista, até certo ponto, durante a consulta inicial, quando lhe fazemos uma série de perguntas sobre sua vida clínica pregressa, bem como características familiares, que muito ajudam quanto ao prognóstico das cicatrizes. Pessoas de pele clara têm menor probabilidade de sofrer desta complicação cicatricial hipertrófica.
04. Existe correção para cicatrizes hipertróficas?
Vários recursos clínicos e cirúrgicos nos permitem melhorar cicatrizes inestéticas, na época adequada. Não se deve confundir entretanto, o "período mediato" da cicatrização normal (do 30º dia até o 12º mês) como sendo uma complicação cicatricial. Qualquer dúvida a respeito da sua evolução deverá ser esclarecida conosco e nunca com terceiros que, como você, "também estão apreensivos quanto ao resultado final".
Após a cirurgia, as mamas ficam completamente simétricas?
É extremamente importante ressaltar que as assimetrias mamárias são muito freqüentes, podendo ser decorrentes do formato assimétrico das mamas ou do tórax (em geral alterações congênitas). Assim, podemos dizer que a simetria das mamas nem sempre pode ser alcançada pela cirurgia, apesar de termos este objetivo. Se a própria natureza não as deixou idênticas, pode-se imaginar que este objetivo não é tão simples de ser alcançado.
05. Como ficarão minhas novas mamas, em relação ao tamanho e consistência?
As mamas podem ter seu volume reduzido através da cirurgia; além disso sua consistência e forma também são melhoradas com uma intervenção. Assim é que, para os casos de redução de volume e levantamento de sua posição, podemos optar por vários volumes, dentro das possibilidades que a mama original nos permita planejar, sem comprometê-la futuramente. Aqui, como no caso do aumento do volume, deverão ser equilibradas as proporções entre o volume da nova mama e o tamanho do tórax da paciente a fim de obtermos maior harmonia estética. Nessa ocasião a flacidez e a forma da mama original são corrigidas; entretanto, "as novas mamas" passam por vários períodos evolutivos:
a) PERÍODO IMEDIATO: Vai até o 30º dia. Neste período, apesar das mamas apresentarem-se com seu aspecto bem melhorado, sua forma ainda está aquém do resultado planejado, pois, até que se atinja a forma definitiva, surgem "pequenos defeitos" aparentes iniciais (inevitáveis em todos os casos), que tendem a desaparecer com o decorrer do tempo. Lembre-se desta observação: Geralmente nenhuma mama fica "perfeita" no pós-operatório imediato.
b) PERÍODO MEDIATO: Vai do 30º dia até o 8º mês. Neste período, a mama começa a apresentar uma evolução que tende à forma definitiva. Não são raros neste período uma certa insensibilidade ou hipersensibilidade do mamilo, além de maior ou menor grau de "inchaço " das mamas; além disso, sua forma está aquém da definitiva. Apesar de certa euforia da maioria das pacientes, já neste período, o resultado ficará melhor ainda, pois isto será a característica do 3º período (tardio).
c) PERÍODO TARDIO: Vai do 8º ao 18º mês. É o período em que a mama atinge seu aspecto definitivo (cicatriz, forma, consistência, volume, sensibilidade). É neste período que costumamos fotografar os casos operados, afim de compará-los com o aspecto pré-operatório de cada paciente. Tem grande importância, no resultado final, o grau de elasticidade da pele das mamas bem como o volume conseguido. O equilíbrio entre ambos varia de caso para caso.
06. O pós-operatório da cirurgia mamária é doloroso?
Em geral não, desde que você obedeça às instruções médicas, principalmente no que tange à movimentação dos braços, esforços e demais cuidados nos primeiros dias.
07. Há riscos nesta operação?
Raramente a cirurgia plástica mamária sofre complicações sérias. Isto se deve ao fato de se preparar devidamente cada paciente, além de ponderarmos sobre a conveniência de associação desta cirurgia, simultaneamente a outras. O perigo não é maior ou menor que viajar de avião, automóvel, ou atravessar uma via pública.
08. Qual o tipo de anestesia utilizada?
Anestesia geral ou local com sedação assistida, em casos muito especiais, a critério do cirurgião e do anestesista.
09. Quanto tempo dura o ato cirúrgico?
Dependendo de cada tipo de mama, a média é de três horas.
10. Qual o período de internação?
Geralmente de 12 a 24 horas.
11. Quando são retirados os pontos?
São retirados em torno do sétimo ao décimo quinto dia, sem maiores incômodos, pois a maioria dos pontos são realizados com fio especial que não precisa ser retirado.
12. Quando tomatei banho completo?
Geralmente, após 1 dia. Alguns casos poderão determinar cuidados sobre a área operada, sendo então, recomendo evitar o umedecimento sobre essa área por 2 a 3 dias.
13. Quando poderei retornar a minha ginástica?
Exercícios leves como caminhadas podem ser realizados a partir dos 30 dias. Atividades mais intensas devem ser evitadas até cerca de 3 meses.
14. Qual o tipo de traje de banho poderei usar após a cirurgia?
No período mediato e tardio qualquer tipo de traje, de uma ou duas peças, desde que a peça superior não fique muito justa. É claro que, após o amadurecimento das cicatrizes os maiôs poderão ser mais "generosos", a seu critério. Nas grandes reduções mamárias , entretanto, a cicatriz horizontal é um pouco mais extensa o que determinará a escolha do maiôs que melhor disfarce sua presença.
15. No caso de nova gravidez, o resultado permanecerá ou ficará prejudcado?
Durante a gravidez a mama aumenta, reduzindo após a lactação. Isto leva à distensão da pele, que poderá não retornar ao normal após a lactação. Caso isso aconteça haverá uma ptose (queda) da mama. A lactação geralmente não fica prejudicada, podendo ser afetada apenas em casos de grandes reduções (gigantomastias).
16. Qual a evolução pós-operatória de uma mamoplastia?
Você não deve esquecer que, até que se atinja o resultado almejado, as mamas passarão por diversas fases. Se lhe ocorrer a preocupação no sentido de "desejar atingir o resultado definitivo antes do tempo previsto", não faça disso motivo de sofrimento: tenha a devida paciência, pois, seu organismo se encarregará espontaneamente de dissipar todos os transtornos imediatos que, infalivelmente chamarão a atenção de alguma amiga, que não se furtará a observação: "Será que isso vai desaparecer mesmo?" . É evidente que toda e qualquer preocupação de sua parte deverá ser a nós transmitida. Para sua tranqüilidade, daremos os esclarecimentos necessários ou nos empenharemos para que se atinja o resultado almejado.
IMPORTANTE: Resultados definitivos somente devem ser considerados após 12 meses da cirurgia. As cirurgias de retoques, quando necessárias, serão aconselhadas pelo cirurgião, devendo-se respeitar o tempo necessário para a adequação dos tecidos e acomodação das cicatrizes. Quando realizadas em momento inoportuno, podem não alcançar os resultados desejados. Os retoques não significam incapacidade técnica mas sim uma revisão cirúrgica para se alcançar resultados ainda melhores. Os custos destes possíveis retoques serão cobrados somente em relação às despesas hospitalares e de anestesista. Não serão cobrados honorários da equipe cirúrgica desde que estes retoques sejam realizados no período sugerido pelo cirurgião.
Para fins de honorários, será considerado retoque, todo procedimento indicado pelo seu cirurgião seguinte à primeira cirurgia, num período subseqüente de 12 meses. Após este período, qualquer intervenção cirúrgica será considerada como um novo procedimento, independente do primeiro, mesmo que nas mesmas áreas.
O código de normas e condutas do cirurgião plástico da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica proíbe a exibição de fotos de pré e pós-operatório, mesmo que haja autorização do paciente. A divulgação de preços e condições de pagamento em meios de comunicação, como jornal e TV é vedada.
Adaptado da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica - SBCP
Av. Ministro Geraldo Barreto Sobral, 2131, Sala 514, Centro Médico Jardins. CEP: 49026-010. Aracaju - SE
(79) 3023-6881
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